Foto: Lucas Aleixo (Palácio Piratini)
Um evento com a presença do vice-governador do Estado, José Paulo Cairoli (PSD) e de diversas autoridades, marcou a abertura oficial da colheita da soja no Rio Grande do Sul, na sexta-feira pela manhã, em Tupanciretã. A previsão é de que o estado colha nesta safra um total de 16,7 milhões de toneladas, desempenho que coloca o Rio Grande do Sul na terceira posição no ranking de estados produtores do grão. No ano passado, a safra gaúcha de soja foi recorde, tendo colhido 18,5 milhões de toneladas. Em Tupanciretã, maior produtora gaúcha de soja, com 186 mil hectares, a previsão é de obter uma média de 55 sacas por hectare, segundo a Emater.
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Na solenidade, o vice-governador parabenizou os produtores.
- São vocês que fazem o Estado andar, que movem a nossa economia. O Estado tem de ter a capacidade de não atrapalhar os produtores - afirmou.
35% colhidos
O prefeito de Tupanciretã, Carlos Augusto Brum de Souza, agradeceu a presença do vice-governador ressaltando a importância de Tupanciretã na produção agrícola estadual.
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Segundo a Emater, a colheita da soja avançou rapidamente durante a última semana, apesar de algumas chuvas mais abundantes em determinadas regiões, como na Central. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado na quinta-feira, neste momento o percentual de área colhida chega a 35% do total plantado, com mais 40% prontos para colheita.
No início da safra, as lavouras apresentaram produtividades elevadas, atendendo às expectativas dos produtores. À medida que a colheita avançou para cultivares implantadas mais para o final do período de plantio e para cultivares com ciclo mais longo, as produtividades começaram a diminuir.
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Segundo os técnicos, essa queda na produtividade da cultura da soja pode estar associada à ocorrência de doenças de final de ciclo, principalmente a ferrugem asiática, e a períodos de poucas chuvas no estágio de enchimento de grãos. Esses fatores também aceleraram o ciclo da cultura, provocando a antecipação da maturação e comprometendo, em parte, o enchimento de grãos.
Já os produtores de arroz concentram suas atenções nos trabalhos da colheita que avançou, favorecida pelas condições meteorológicas registradas durante a semana. O percentual está próximo da média dos últimos anos, que é de 45%, para esta época. A região da Fronteira Oeste segue como a mais adiantada, com boa parte dos municípios alcançando percentuais que ultrapassam os 70%.